O Reino de Deus é, com certeza, a doutrina que Jesus mais se preocupou em ensinar, em sua jornada na terra. Talvez porque todas as outras estejam inseridas nela. O reino é o todo, e tudo mais faz parte dele.
Para se ter uma idéia desta preocupação, Ele se referiu ao reino nada menos que setenta vezes, nos quatro evangelhos,
enquanto que a igreja somente três. Quase todas as parábolas foram construídas em torno do reino. Jesus fez questão de nos mostrar à importância do reino, e que para chegarmos ao Pai precisamos fazer parte dele.
Como súditos, temos direito a todas as regalias que ele nos oferece. Estamos sujeitos a todas as promessas, mais também a todos os mandamentos que constituem sua carta magna.
Quanto aos estrangeiros, podem até gozar de algumas destas regalias, mais não todas, precisam observar todas as leis, no entanto, sem direito a plenitude de suas promessas. Podemos ver em toda a palavra de Deus, que o estrangeiro é tratado como uma pessoa excluída, que devemos dar toda atenção.
Isto pode ser encarado também como um exemplo que devemos observar, não fazer parte do reino é ser excluído, e ser excluído é não ter direito as promessas que o Senhor nos oferece.
Portanto para sermos cidadãos deste reino, não basta ficar parados e observar suas leis, temos que cuidar também de sua expansão. Sair para o campo de batalha, ir para o território inimigo, conquistar, fazer discípulos e ser embaixador do reino em terras estrangeiras.
É necessário que todos saibam que o Reino de Deus não é pra depois, quando morrermos, ou quando Jesus Cristo voltar, o reino é agora e já. Ele nos alertou em Mt 10:7 “E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.” O Reino de Deus é chegado, ele está aqui entre nós. Ele não disse que o reino chegará ou virá em um futuro próximo, Ele disse “é Chegado”, no presente. Ele nos orienta também que devemos pregar está boa nova a todos.
O passaporte para este reino é muito simples, não é cheio de burocracia como se pode imaginar, ele consiste apenas no arrependimento. A palavra de Deus nos mostra, primeiro através de João Batista em Mt 3:10, e pelo próprio Jesus em Mt 4:7 “... Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.” Mais a frente no livro de Atos temos mais duas referências, Pedro nos diz no cap 2:38 “...Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo;” E novamente Pedro no cap 3:19 “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do SENHOR,”.
Vemos claramente nessas passagens que João Batista e Jesus, anunciam a chegada do reino. Já Pedro nos fala: “e recebereis o dom do Espírito Santo;” e na outra passagem “e venham assim os tempos do refrigério pela presença do SENHOR,”. Pedro não está anunciando a chegada do reino, ele está comprovando. Com a vinda do Espírito Santo o Senhor se faz presente em nós, e com Ele o seu reino.
Há alguns dias vi um vídeo onde o Pr Ariovaldo Ramos faz uma explanação sobre arrependimento, eu achei maravilhoso, pois até então não havia pensado por este ângulo, ele nos fala que “a palavra arrependimento não está ligada a culpa. Devemos expandir nossa consciência para entendermos o arrependimento como o simples fato de concordarmos com Deus”. É esplêndido, pois se somos cidadãos de um reino, e concordamos com sua constituição, teremos facilidade em cumprir suas leis e em aceitar plenamente sua justiça.
Isso aplicado a nós, cidadãos do reino de Deus, é mesmo magnífico. Deus nos deu a constituição do seu reino, a bíblia, se concordamos com ela de capa a capa teremos facilidade em não pecar, aceitar e também promover sua justiça.
Concluo então que para participar do reino dos céus tenho que me arrepender, ou melhor, concordar com Deus e a sua justiça.
Você concorda com Deus?
Em Cristo:
Amarildo.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Rompendo a redoma da igreja
Por Hermes C. Fernandes
“Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte anunciando a palavra.” Atos 8:4
Um organismo precisa respirar para continuar vivo. A respiração é um movimento de mão dupla. Inspiramos e aspiramos. O ar entra por nossas narinas, atravessa nossa traquéia, e enche nossos pulmões, para depois ser devolvido à atmosfera.
Tente manter o ar preso em seus pulmões por alguns segundos. Você vai ficando vermelho, seus olhos começam a lacrimejar, até que você não agüenta mais e solta o ar.
Não é simplesmente do ar que necessitamos, mas da entrada e saída ininterrupta deste ar. Sem ar pra respirar, morremos. E prendendo o mesmo ar dentro de nós, também morremos.
A igreja de Cristo é um organismo vivo que também necessita respirar.
Em Seu discurso de despedida, Jesus garantiu aos Seus discípulos que lhes enviaria o Espírito Santo a fim de fossem capacitados sobrenaturalmente a dar testemunho do Evangelho:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At.1:8).
A palavra traduzida neste texto por ‘poder’ é dinamus, que dá origem a alguns vocábulos em português, como dinamismo, dinâmica e até dinamite. Dinamus significa poder em movimento.
O Espírito Santo não apenas capacitaria os discípulos a testemunhar, como também os levaria a lugares e circunstâncias jamais imaginadas por eles, para que cumprissem a sua missão.
O mesmo Espírito que nos atrai a Cristo, nos transforma, também nos envia ao mundo.
Narrando sua experiência de conversão perante o rei Agripa, Paulo diz que Jesus se lhe apareceu, dizendo: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Agora levanta-te e põe-te em pé. Eu te apareci por isto, para te fazer ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda. Eu te livrarei deste povo, e dos gentios, a quem agora te envio, para lhes abrir os olhos, e das trevas os converter à luz...” (At.26:15b-18a).
Observe que a comissão de Paulo se deu no exato momento de sua conversão.
O dinamus do Espírito exerce na igreja uma força centrípeta e centrífuga. Ele atrai, transforma e imediatamente envia.
Não há intervalo! Todos os que são chamados, são também enviados.
Quando o endemoninhado gadareno se viu livre de sua possessão, quis deixar tudo para seguir a Jesus, mas recebeu d’Ele outra ordem: “Volta para casa e conta quão grandes coisas Deus fez por ti” (Lc.8:39a).
No reino de Deus tudo é muito prático. Porém, quando a igreja se institucionalizou, tratou de burocratizar o que antes era promovido pela dinâmica do Espírito.
Quanto tempo de preparo precisou a mulher samaritana para atrair toda uma cidade a Cristo? Foi só o tempo de deixar seu cântaro, ir à cidade e anunciar ao seu povo: “Vinde, vede um homem que me disse tudo o que tenho feito. Poderia ser este o Cristo?” (Jo.4:29). Mesmo sabendo que Jesus era o Cristo, ela preferiu instigar aquele povo à curiosidade. Em vez de apresentar uma contundente resposta, ela instigou-os a questionar.
E aqui nos deparamos com uma importante questão: será que para testemunhar do amor de Cristo temos que esperar até que todas as nossas questões sejam respondidas?
Precisamos desburocratizar e dinamizar o processo de evangelização com urgência.
Ninguém necessita de um mestrado em teologia para anunciar aos seus amigos e familiares quão grandes coisas fez o Senhor em sua vida.
Não temos o direito de impedir o trânsito pelas portas do reino de Deus. Muitos agem como os fariseus e religiosos contemporâneos de Jesus, que se punham à porta, não entravam e não deixavam ninguém entrar. E quando alguém demonstra desejo de sair testemunhando do amor de Deus, tratam de jogar-lhe um balde de água fria.
A estes, diz o Senhor: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Fechais o reino dos céus aos homens. Vós mesmos não entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando” (Mt.23:13).
Temos que manter o trânsito livre, e para isso, o caminho tem que está desobstruído.
Veja o que Jesus disse sobre isso:
“Eu sou a porta. Todo aquele que entrar por mim, salvar-se-á. Entrará e sairá, e achará pastagens” (Jo.10:9).
Há um detalhe neste verso que tem passado despercebido. O caminho para o Reino é uma via de mão dupla. Quem entra, tem que sair. E o mais surpreendente é que só depois de sair que se acha pastagens.
As pastagens não estão do lado de dentro da cidade, mas lá fora, entre os vales e montanhas da realidade social e cultural na qual peregrinamos.
Muitos acham que vão encontrar tais pastagens do lado de dentro da igreja. Por isso, entram, e não querem mais sair. Ficam viciados em igreja.
Assim como ar que respiramos tem que ser devolvido à atmosfera, temos que devolver ao mundo as pessoas que entram na igreja. Por favor, não se escandalize ainda. Continue sua leitura, e veja se o que digo não faz sentido.
Qualquer espiritualidade que não nos devolva à realidade é maléfica e alucinógena.
Se não concorda comigo, tente concordar com Cristo, que em Sua prece sacerdotal, rogou ao Pai:
“Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (Jo.17:15-18).
Não se trata de uma questão facultativa. Fomos chamados, santificados e enviados ao mundo. Os pés formosos de que diz a Escritura, são os que estão enlameados pelo chão da vida.
Cuidado pra não confundir santificação com alienação.
A igreja não pode ser uma redoma para os seus membros. Ela tem que ser um liquidificador. Experimente colocar várias frutas em seu liquidificador. Ao ligá-lo, elas serão processadas e se tornarão numa deliciosa vitamina. A hélice do eletrodoméstico exerce a força centrípeta e centrífuga. Ela atrai as frutas para si, processando-as ao mesmo tempo em que as empurra para fora. É isso que o Espírito Santo almeja fazer na igreja.
O mesmo Cristo que diz ‘vinde’, também diz ‘ide’. E não há intervalo. A gente já vem indo, e já vai vindo.
Em vez de despendermos energia e dinheiro numa mirabolante estratégia de evangelismo (ou seria de marketing?), que tal abrir a porteira do aprisco, permitindo que as pessoas transitem normalmente pelo mundo, testemunhando o que Deus fizera em suas vidas? Haveria estratégia melhor e mais eficiente do que esta?
Elas não precisam esperar por um "ide" personalizado, vindo direto dos lábios de Cristo para elas. Não!
A bem da verdade, todos que viemos a Ele, já fomos liberados por Ele para ir. Já estamos no Caminho, indo e vindo no constante fluxo e refluxo da vida.
No texto original, Jesus não disse "ide", num tom imperativo, mas disse "indo", numa espécie de gerúndio existencial. O texto diz: "Indo por todo mundo, pregai o evangelho...". Queiramos ou não, já estamos na chuva, e quem está na chuva é pra se molhar.
O vinde é personalizado, mas o ide (ou indo) é generalizado.
Alguém poderá perguntar: E quanto aos riscos? Como enviar ao mundo pessoas despreparadas para testemunhar? Não seria melhor segurá-las o máximo de tempo possível, até que se vejam prontas?
Concordo. O risco não pode ser ignorado. Porém, vale a pena corrê-lo.
Jesus não ignorou os riscos ao enviar Seus discípulos ao mundo. Confira o que Ele diz:
“Ide. Eu vos envio como cordeiros ao meio de lobos” (Lc.10:3).
Neste texto em particular, o ide foi imperativo.
O que atenua os riscos é o fato de que o pastor das ovelhas vai à frente do seu rebanho.
“Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as leva para fora. Quando tira para fora todas as ovelhas que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos” (Jo. 10:2-5).
Será lá fora, no mundão, que as ovelhas de Jesus terão suas maiores experiências com Ele. O mundo será o cenário por onde Ele as conduzirá aos pastos verdejantes, às águas tranqüilas. E mesmo quando passarem pelo vale da sombra da morte, não terão o que temer, pois Seu cajado e Sua vara as protegerão.
O que a igreja deveria fazer é procurar levar as pessoas a uma intimidade tal com o Bom Pastor, que elas jamais confundam Sua voz com a voz do estranho. Em outras palavras, temos que aprender a discernir a voz de Deus no mundo. Seja no ambiente profissional, acadêmico, familiar, ou mesmo nos corredores do poder político, será a Sua voz que guiará a nossa consciência, e, por conseguinte, as nossas atitudes.
Portanto, já está na hora de liberarmos as ovelhas do Senhor para que cumpram sua missão de transformação do mundo.
Abramos a porteira, e deixemos o trânsito livre, pra que entrem e saiam, e assim, encontrem pastagem para as suas almas.
Não há motivo pra insegurança. Quem de fato é do Senhor, jamais abandonará seu redil.
Este Maravilhoso texto é de autoria do Bispo Hermes C. Fernandes, postado em:hermesfernandes.blogspot.com
“Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte anunciando a palavra.” Atos 8:4
Um organismo precisa respirar para continuar vivo. A respiração é um movimento de mão dupla. Inspiramos e aspiramos. O ar entra por nossas narinas, atravessa nossa traquéia, e enche nossos pulmões, para depois ser devolvido à atmosfera.
Tente manter o ar preso em seus pulmões por alguns segundos. Você vai ficando vermelho, seus olhos começam a lacrimejar, até que você não agüenta mais e solta o ar.
Não é simplesmente do ar que necessitamos, mas da entrada e saída ininterrupta deste ar. Sem ar pra respirar, morremos. E prendendo o mesmo ar dentro de nós, também morremos.
A igreja de Cristo é um organismo vivo que também necessita respirar.
Em Seu discurso de despedida, Jesus garantiu aos Seus discípulos que lhes enviaria o Espírito Santo a fim de fossem capacitados sobrenaturalmente a dar testemunho do Evangelho:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At.1:8).
A palavra traduzida neste texto por ‘poder’ é dinamus, que dá origem a alguns vocábulos em português, como dinamismo, dinâmica e até dinamite. Dinamus significa poder em movimento.
O Espírito Santo não apenas capacitaria os discípulos a testemunhar, como também os levaria a lugares e circunstâncias jamais imaginadas por eles, para que cumprissem a sua missão.
O mesmo Espírito que nos atrai a Cristo, nos transforma, também nos envia ao mundo.
Narrando sua experiência de conversão perante o rei Agripa, Paulo diz que Jesus se lhe apareceu, dizendo: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Agora levanta-te e põe-te em pé. Eu te apareci por isto, para te fazer ministro e testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te aparecerei ainda. Eu te livrarei deste povo, e dos gentios, a quem agora te envio, para lhes abrir os olhos, e das trevas os converter à luz...” (At.26:15b-18a).
Observe que a comissão de Paulo se deu no exato momento de sua conversão.
O dinamus do Espírito exerce na igreja uma força centrípeta e centrífuga. Ele atrai, transforma e imediatamente envia.
Não há intervalo! Todos os que são chamados, são também enviados.
Quando o endemoninhado gadareno se viu livre de sua possessão, quis deixar tudo para seguir a Jesus, mas recebeu d’Ele outra ordem: “Volta para casa e conta quão grandes coisas Deus fez por ti” (Lc.8:39a).
No reino de Deus tudo é muito prático. Porém, quando a igreja se institucionalizou, tratou de burocratizar o que antes era promovido pela dinâmica do Espírito.
Quanto tempo de preparo precisou a mulher samaritana para atrair toda uma cidade a Cristo? Foi só o tempo de deixar seu cântaro, ir à cidade e anunciar ao seu povo: “Vinde, vede um homem que me disse tudo o que tenho feito. Poderia ser este o Cristo?” (Jo.4:29). Mesmo sabendo que Jesus era o Cristo, ela preferiu instigar aquele povo à curiosidade. Em vez de apresentar uma contundente resposta, ela instigou-os a questionar.
E aqui nos deparamos com uma importante questão: será que para testemunhar do amor de Cristo temos que esperar até que todas as nossas questões sejam respondidas?
Precisamos desburocratizar e dinamizar o processo de evangelização com urgência.
Ninguém necessita de um mestrado em teologia para anunciar aos seus amigos e familiares quão grandes coisas fez o Senhor em sua vida.
Não temos o direito de impedir o trânsito pelas portas do reino de Deus. Muitos agem como os fariseus e religiosos contemporâneos de Jesus, que se punham à porta, não entravam e não deixavam ninguém entrar. E quando alguém demonstra desejo de sair testemunhando do amor de Deus, tratam de jogar-lhe um balde de água fria.
A estes, diz o Senhor: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Fechais o reino dos céus aos homens. Vós mesmos não entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando” (Mt.23:13).
Temos que manter o trânsito livre, e para isso, o caminho tem que está desobstruído.
Veja o que Jesus disse sobre isso:
“Eu sou a porta. Todo aquele que entrar por mim, salvar-se-á. Entrará e sairá, e achará pastagens” (Jo.10:9).
Há um detalhe neste verso que tem passado despercebido. O caminho para o Reino é uma via de mão dupla. Quem entra, tem que sair. E o mais surpreendente é que só depois de sair que se acha pastagens.
As pastagens não estão do lado de dentro da cidade, mas lá fora, entre os vales e montanhas da realidade social e cultural na qual peregrinamos.
Muitos acham que vão encontrar tais pastagens do lado de dentro da igreja. Por isso, entram, e não querem mais sair. Ficam viciados em igreja.
Assim como ar que respiramos tem que ser devolvido à atmosfera, temos que devolver ao mundo as pessoas que entram na igreja. Por favor, não se escandalize ainda. Continue sua leitura, e veja se o que digo não faz sentido.
Qualquer espiritualidade que não nos devolva à realidade é maléfica e alucinógena.
Se não concorda comigo, tente concordar com Cristo, que em Sua prece sacerdotal, rogou ao Pai:
“Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (Jo.17:15-18).
Não se trata de uma questão facultativa. Fomos chamados, santificados e enviados ao mundo. Os pés formosos de que diz a Escritura, são os que estão enlameados pelo chão da vida.
Cuidado pra não confundir santificação com alienação.
A igreja não pode ser uma redoma para os seus membros. Ela tem que ser um liquidificador. Experimente colocar várias frutas em seu liquidificador. Ao ligá-lo, elas serão processadas e se tornarão numa deliciosa vitamina. A hélice do eletrodoméstico exerce a força centrípeta e centrífuga. Ela atrai as frutas para si, processando-as ao mesmo tempo em que as empurra para fora. É isso que o Espírito Santo almeja fazer na igreja.
O mesmo Cristo que diz ‘vinde’, também diz ‘ide’. E não há intervalo. A gente já vem indo, e já vai vindo.
Em vez de despendermos energia e dinheiro numa mirabolante estratégia de evangelismo (ou seria de marketing?), que tal abrir a porteira do aprisco, permitindo que as pessoas transitem normalmente pelo mundo, testemunhando o que Deus fizera em suas vidas? Haveria estratégia melhor e mais eficiente do que esta?
Elas não precisam esperar por um "ide" personalizado, vindo direto dos lábios de Cristo para elas. Não!
A bem da verdade, todos que viemos a Ele, já fomos liberados por Ele para ir. Já estamos no Caminho, indo e vindo no constante fluxo e refluxo da vida.
No texto original, Jesus não disse "ide", num tom imperativo, mas disse "indo", numa espécie de gerúndio existencial. O texto diz: "Indo por todo mundo, pregai o evangelho...". Queiramos ou não, já estamos na chuva, e quem está na chuva é pra se molhar.
O vinde é personalizado, mas o ide (ou indo) é generalizado.
Alguém poderá perguntar: E quanto aos riscos? Como enviar ao mundo pessoas despreparadas para testemunhar? Não seria melhor segurá-las o máximo de tempo possível, até que se vejam prontas?
Concordo. O risco não pode ser ignorado. Porém, vale a pena corrê-lo.
Jesus não ignorou os riscos ao enviar Seus discípulos ao mundo. Confira o que Ele diz:
“Ide. Eu vos envio como cordeiros ao meio de lobos” (Lc.10:3).
Neste texto em particular, o ide foi imperativo.
O que atenua os riscos é o fato de que o pastor das ovelhas vai à frente do seu rebanho.
“Mas aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. A este o porteiro abre, as ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas, e as leva para fora. Quando tira para fora todas as ovelhas que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos” (Jo. 10:2-5).
Será lá fora, no mundão, que as ovelhas de Jesus terão suas maiores experiências com Ele. O mundo será o cenário por onde Ele as conduzirá aos pastos verdejantes, às águas tranqüilas. E mesmo quando passarem pelo vale da sombra da morte, não terão o que temer, pois Seu cajado e Sua vara as protegerão.
O que a igreja deveria fazer é procurar levar as pessoas a uma intimidade tal com o Bom Pastor, que elas jamais confundam Sua voz com a voz do estranho. Em outras palavras, temos que aprender a discernir a voz de Deus no mundo. Seja no ambiente profissional, acadêmico, familiar, ou mesmo nos corredores do poder político, será a Sua voz que guiará a nossa consciência, e, por conseguinte, as nossas atitudes.
Portanto, já está na hora de liberarmos as ovelhas do Senhor para que cumpram sua missão de transformação do mundo.
Abramos a porteira, e deixemos o trânsito livre, pra que entrem e saiam, e assim, encontrem pastagem para as suas almas.
Não há motivo pra insegurança. Quem de fato é do Senhor, jamais abandonará seu redil.
Este Maravilhoso texto é de autoria do Bispo Hermes C. Fernandes, postado em:hermesfernandes.blogspot.com
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
A NOSSA PSEUDO-DEMOCRACIA.
Estamos vivendo uma época muito dura, a grande inversão de valores que reina em nossa sociedade, tem culminado com uma mudança radical de costumes. O discurso pseudo-democrático tem nos levado a loucura. Lá se vão os bons costumes, as tradições, e muito do que julgamos ser correto está descendo pelo ralo.
Em nome de uma falsa liberdade, dos direitos a igualdade entre todas as pessoas, verdadeiras aberrações tem sido criadas. Não bastasse os incontroláveis problemas sociais que vivemos, e que vem destruindo a família, nossos legisladores, movidos não sei por quem, vem a cada dia aprovando leis que dizimam nossas famílias, degradando assim o que resta do ser humano.
Em meio a uma forte luta contra a legalização do aborto, PL 122, e outras que temos por ai, hoje, no dito mundo globalizado, enquanto ainda criticávamos a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo na casa do vizinho, em nossa casa foi aprovada a lei que acaba com o prazo instituído para a reflexão e uma possível reconciliação entre casais. Agora um casamento construído durante décadas, pode acabar em um dia, em um momento de crise, com os ânimos alterados, não dando margem à reconciliação, pois o prazo de reflexão que a lei garantia foi tirado.
O pior de tudo, é que podemos constatar que uma considerável parcela da sociedade, considera isso normal, digo até mais, considera tudo como um grande avanço da democracia.
Como minha vida é regida por um Rei que é eterno, sabe todas as coisas, e sua justiça é perfeita. A constituição que determina as leis deste reino foi promulgada há quase dois mil anos, e não é passível de emendas, posso pensar que estou blindado quanto a essas leis absurdas que tem sido aprovadas todos os dias.
Infelizmente não é verdade, mesmo que essas leis não me atinjam diretamente, elas fazem parte da minha vida. Muitas pessoas ao meu redor são atingidas, eu não posso ser indiferente, meu Rei é bondoso mais é muito rigoroso, e ele faz questão que todos sejam resgatados ao Seu reino. Do mesmo modo como sua misericórdia me alcançou através de seus embaixadores, ele espera alcançar muitos através de mim.
Não podemos ficar parados, cada um de nós deve usar as armas que nos foram dadas pelo Espírito Santo. Precisamos lutar para que o efeito desses avanços de satanás sejam amenizados. Ele tem usado de todas as armas, vem com artilharia pesada, não podemos continuar brincando de crente, pois ele não esta brincando de demônio. Ele sabe que a hora esta próxima, e vem com a cartada final, ele já está derrotado, seu destino é o lago de fogo. No entanto ele não quer ir sozinho, pretende levar muitos com ele.
Cabe a nós, nestes últimos tempos, tirar o máximo que pudermos de suas mãos, cada discípulo que fizermos para Jesus será menos um no reino das trevas.
Pense nisso.
Em Cristo:
Amarildo.
Em nome de uma falsa liberdade, dos direitos a igualdade entre todas as pessoas, verdadeiras aberrações tem sido criadas. Não bastasse os incontroláveis problemas sociais que vivemos, e que vem destruindo a família, nossos legisladores, movidos não sei por quem, vem a cada dia aprovando leis que dizimam nossas famílias, degradando assim o que resta do ser humano.
Em meio a uma forte luta contra a legalização do aborto, PL 122, e outras que temos por ai, hoje, no dito mundo globalizado, enquanto ainda criticávamos a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo na casa do vizinho, em nossa casa foi aprovada a lei que acaba com o prazo instituído para a reflexão e uma possível reconciliação entre casais. Agora um casamento construído durante décadas, pode acabar em um dia, em um momento de crise, com os ânimos alterados, não dando margem à reconciliação, pois o prazo de reflexão que a lei garantia foi tirado.
O pior de tudo, é que podemos constatar que uma considerável parcela da sociedade, considera isso normal, digo até mais, considera tudo como um grande avanço da democracia.
Como minha vida é regida por um Rei que é eterno, sabe todas as coisas, e sua justiça é perfeita. A constituição que determina as leis deste reino foi promulgada há quase dois mil anos, e não é passível de emendas, posso pensar que estou blindado quanto a essas leis absurdas que tem sido aprovadas todos os dias.
Infelizmente não é verdade, mesmo que essas leis não me atinjam diretamente, elas fazem parte da minha vida. Muitas pessoas ao meu redor são atingidas, eu não posso ser indiferente, meu Rei é bondoso mais é muito rigoroso, e ele faz questão que todos sejam resgatados ao Seu reino. Do mesmo modo como sua misericórdia me alcançou através de seus embaixadores, ele espera alcançar muitos através de mim.
Não podemos ficar parados, cada um de nós deve usar as armas que nos foram dadas pelo Espírito Santo. Precisamos lutar para que o efeito desses avanços de satanás sejam amenizados. Ele tem usado de todas as armas, vem com artilharia pesada, não podemos continuar brincando de crente, pois ele não esta brincando de demônio. Ele sabe que a hora esta próxima, e vem com a cartada final, ele já está derrotado, seu destino é o lago de fogo. No entanto ele não quer ir sozinho, pretende levar muitos com ele.
Cabe a nós, nestes últimos tempos, tirar o máximo que pudermos de suas mãos, cada discípulo que fizermos para Jesus será menos um no reino das trevas.
Pense nisso.
Em Cristo:
Amarildo.
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